Esta
entrevista foi criada no âmbito da disciplina de técnicas de expressão e
comunicação no curso tecnológico de ação social com o intuito de divulgarmos o
tema “A reciclagem” uma vez que o planeta está cada vez mais a ser prejudicado
pela ação do homem, a entrevista será feita a responsável pela “Oficina de
Reciclagem e Arte”, Gisele Camacho Aznar.
Para si o que é reciclagem?
Para mim a reciclagem vai desde a reparação ao destino final, ou seja, nos
podemos reaproveitar materiais bons para nós, e os restantes materiais podem
ser separados e depositados em ecopontos ou em oficinas de reciclagem para que
possam ser aproveitados de outras maneiras. Julgo que a reciclagem também
deriva do consumo, quando vamos comprar alguma coisa podemos optar por objetos
que podemos voltar a utilizar, como por exemplo uma garrafa de plástico, assim
reduzimos o lixo ficando com menos resíduos para reciclar.
Na sua opinião, qual é a importância da reciclagem do lixo?
A reciclagem é importante, principalmente para o meio ambiente. Na minha
opinião a reciclagem está na educação de cada um, para mim uma pessoa educada é
uma pessoa que sabe reciclar
Quais os materiais que mais reutiliza?
Na oficina trabalhamos essencialmente com materiais que não têm contentor para
serem depositados como loiças quebradas, roupa velha, madeira queimada, paletes
de madeira. Mas também reaproveitamos rolhas, garrafas de plástico entre outros
materiais.
Na sua opinião, o
que se poderia fazer para tentar mudar a atitude das pessoas, relativamente a
reciclagem?
É um trabalho de consciencialização, as
pessoas devem falar sobre o assunto ou assistir filmes. O destino final do lixo
vai continuar com está ou vai ficar cada vez pior se as mentalidades nas
pessoas não mudarem. As mudança das mentalidades devem começar nas escolas,
através de projetos e através da introdução de conceitos, com por exemplo “agenda
21” é um conceito com que trabalho a vários anos, é caracterizado por ações
locais, contudo o nosso pensamento e as nossas ações refletem-se
globalmente.
A oficina tem muita
aderência?
Esta a começar a ter alguma aderência, o nosso maior esforço é mobilizar a
população, nos cremos que as pessoas passem a ver o lixo como objetos
artísticos, pois reciclar é arte e se tivemos arte dentro de nos, olhamos para
qualquer coisa e conseguimos transforma-la, a oficina esta a ter aderência pois
as pessoas já não veem o lixo como lixo mas sim como algo que é possível
modificar.
Os objetos que estão
em exposição são você que cria ou as outras pessoas também podem contribuir? Os
objetos expostos têm propósito lucrativo?
Os objetos em exposição são trazidos pelas pessoas em troca de outros, temos
brinquedo, roupas, alguns objetos são oferecidos e temos coisas feitas a mão
pela comunidade. A oficina funciona através da troca ou compra de objetos, ou
seja, as pessoas podem comprar objetos ou então trocam uma coisa que já não
lhes faz falta por uma coisa que querem.
A oficina é financiada por alguma intuição
pública, por exemplo a câmara ou a junta de freguesia?
Não. Temos o apoio de pessoas de várias partes do mundo que estão inseridas na
“agenda 21” estas tem com a mesma mentalidade que nos, a de reciclar,
nomeadamente Wolfgang Lass e Jeroen Buitenman, estes fazem voluntariado, uma
vez que são pintores ensinam algumas técnicas às crianças que frequentam o
atelier de pintura, para que estas se tornem pequenos artistas e futuramente
possam vender algumas das suas telas de maneira a sustentar a oficina da
reciclagem. A associação desportiva de Machico também faz parceria connosco,
cedeu-nos o espaço em troca de alguns serviços, tais como restauração de
mobília, o parque ecológico da Madeira também é nosso parceiro,
disponibiliza-nos as madeiras queimadas utilizamo-las para construir móveis,
alguns desses são enviados para o parque ecológico da Madeira.
Esta entrevista
foi criada no âmbito da disciplina de técnicas de expressão e comunicação no
curso tecnológico de ação social com o intuito de divulgarmos o tema “A
reciclagem” uma vez que o planeta está cada vez mais a ser prejudicado pela
ação do homem, a entrevista será feita a uma aluna que frequenta o 12º ano,
chamada Ana Marta Moreira Menezes.
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